FAMÍLIA DARDAK
Como tudo começou
A Dardak teve início quando 5 irmãos, em busca de crescimento e prosperidade, saíram de sua pequena cidade no Oriente Médio chamada Antakya (na época pertencente à Sìria) e viajaram 30 dias de navio para cruzar o Atlântico, chegando numa terra com clima, língua, povo e cultura completamente diferente da que estavam acostumados. Chegaram ao Brasil: Terra de oportunidades!
Não vieram todos ao mesmo tempo, o primeiro que teve esta atitude e decidiu renunciar o conforto do lar e calor da família para seguir rumo ao desconhecido foi Jorge, o mais velho dos cinco irmãos. Ao chegar em Santos, em 1956, Jorge hospedou-se na casa de familiares os quais o aconselharam: “Santos é uma cidade pequena. Se queres trabalhar e crescer, vá para São Paulo!”. E assim o fez. Chegando em São Paulo, foi apresentado à alguns “patrícios” com quem dividiu moradia e os quais o introduziram no comércio de rua, a popular “feira”. (Naquela época não existiam shoppings centers, então era possível encontrar nas feiras de rua desde frutas e verduras até roupas e calçados).
Para o seu primeiro dia de trabalho na feira, Jorge comprou 12 lenços de cabelo e colocou-os sobre um caixote de madeira, ao lado da barraca de um amigo para que este o ajudasse nas negociações, uma vez que ele não falava a língua. (Este fato despertava um espírito solidário nas pessoas que compravam sua mercadoria também para ajudá-lo). Ao final deste dia conseguiu vender todos os lenços! Então comprou o dobro da quantidade para o segundo dia, e o triplo para o terceiro… e após alguns meses de trabalho, Jorge conseguiu adquirir sua própria banca.
Dificuldades
Começou então a diversificar seus produtos, vendendo também pijamas, camisas, meias, gravatas…“O importante é o freguês vir e achar o que quer!” ensinaria ele mais tarde esta sua filosofia de trabalho. O começo não foi fácil… levantava todos os dias às 4 da manhã, com chuva ou Sol, frio ou calor para montar sua banca. Haviam dias em que nada era vendido, obrigando-o a pedir dinheiro emprestado para poder se alimentar, pois todo seu capital estava investido em mercadoria. Houve uma época em que sua estratégia para economizar dinheiro era alimentar-se apenas uma vez por dia, mas logo ficou doente e aconselhado por um médico, voltou a se alimentar melhor. Sua refeição preferida: pão, banana e mel. Além do baixo custo, sustenta e faz com que demore a sentir fome novamente.
Além do trabalho desgastante, tinha que lidar com a saudade de sua família e amigos os quais ficaram em sua Terra Natal. São fatos como estes que fazem o imigrante desenvolver um sentimento que só existe em corações que já passaram por grandes dificuldades… Pessoas que vivem no conforto de seu mundo, e temem se aventurar, nunca chegarão a despertar tal potencial… Isto chama-se GARRA DE IMIGRANTE! O desenvolvimento desta garra o ajuda a focar-se em seus objetivos e pensamentos como: “Já que deixei tudo para trás, agora é vencer ou vencer!”, se fortalecem em sua mente.
Com dedicação, esforço e orientação de Deus, as coisas foram melhorando, e em 1958 Jorge convidou seu irmão Dymian à vir ao Brasil para ajudá-lo no trabalho. E assim, nos anos seguintes vieram os outros irmãos: Munir chegou no final de 1958, Kosmo em 1959 e Paulo, que trouxe consigo a matriarca da família, Dona Jamile, em 1961. Pronto! Com os 5 irmãos juntos, o time estava completo!
A união faz a força
Cada um tratou de providenciar sua própria barraca na feira, e com as dicas do primogênito mais experiente, trabalhavam a todo vapor!
Em 1962, os cinco irmãos se uniram e juntaram todo seu capital para alugarem uma pequena loja na R. Bresser, Brás. Mesmo com o comentário de todos que os cercavam, de que “estavam se precipitando”, pois abrir uma loja com tão pouco tempo de trabalho seria uma “loucura”, os irmãos tiveram o discernimento de saber que esta seria uma daquelas situações em que não se deve ouvir ninguém, somente as vozes internas de seus corações. Então seguiram em frente e alugaram o ímovel!
Esta pequena loja mesmo não estando em condições ideais de uso (as prateleiras de madeira estavam podres, a instalação elétrica precária e havia goteiras por todos os lados), para os irmãos Dertkigil este foi um grande passo! Estavam confiantes pois sabiam que sua garra, determinação e vontade de trabalhar e vencer eram o que realmente faria a diferença. Agora Cosmo e Paulo ficariam na loja, aprendendo a arte de confeccionar suas primeiras peças enquanto os outros três irmãos, Jorge, Munir e Dymian, continuavam na feira, até que o movimento na loja estivesse fluindo bem.
A Primeira Loja
E com o tempo, foram saindo um a um do comércio na feira e se juntando na loja. Em 1967 abriram uma fábrica onde eram costuradas as calças e camisas sociais que a Dardak vendia na época. Em 1972 se mudaram para um ponto melhor, na R. Silva Teles. Em 1978 e 1982 construíram duas novas lojas na Rua Maria Marcolina e Rua Silva Teles respectivamente. Nesta época (década de 80), com duas lojas e a fábrica, chegaram a empregar diretamente mais de duzentos funcionários.
Fábrica e Progresso
Hoje a Dardak se encontra na Rua Xavantes e emprega mais de dois mil funcionários direta e indiretamente. A Dardak está sempre em progresso, pois esta é uma lei de Deus aos que trabalham com Amor. Então, quando virem uma peça de roupa com etiqueta Dardak, saibam que esta é resultado de muito trabalho, dedicação, perseverança, união e amor pelo que faz.
Progresso e prosperidade, benção de Deus aos que trabalham com amor.